Passando pela terra, não entendia muito sobre cobranças de vida espiritual, mas pelo conhecimento que tinha, procurei trabalhar a caminho do amor e da justiça.
Como ser carnal, tinha as vaidades da vida e muitas vezes extrapolei as vicissitudes da alma, não tanto pelas ações, mais pelos pensamentos.
Hoje aqui retorno, depois de dias de agonia, que foram sempre recompensadas com a luz espiritual, que nosso Mestre, na mais pura sabedoria nos envia para fortalecermos.
Reconhecia meu momento como de purificação, meu interior exaltava de alegria. Senti que na dor de estar pressa à uma cama., ainda tinha força do riso e da euforia.
Pedi à Deus que auxiliasse naquele momento e fazia muitas preces, lembrava tudo que fiz e com tristeza, sentia não poder voltar para reparar.
Sorri muito de alegria, no momento de separação, vi um sol que aquecia minha alma e alguém estendeu-me as mãos.
Parti, distante era outro dia, e lá tocava uma melodia, quantos irmãos em prece sorriam-me, quantos estendiam as mãos.
Sofri na terra e nada foi em vão.
Sofri por ver meus queridos dias perdidos em agonia, quando meu querido esposo, sem alegria e já sem tanta vida, olhava-me sem ilusão.
Hoje enternecida encontro-me e recordo tudo que passou um dia, com muito amor no coração.
Deus nos enche de companhia, quando com a alma em pranto pedimos a sua mão.
Meus amigos! Como é lindo participar dessa fantasia,
Como é suave nos sentir leve e distantes da dor.
Como é compensador toda agonia,
Como é crescer para servidão.
Encontro-me hoje feliz sem dores, sem aflições.
Estou feliz por este dia, estou vibrando o coração.
Filha que escreve toda minha linha, aqui presente lhe trago flores, receba minha melodia e saiba que vive em meus dias, todos àqueles que sempre me deram as mãos.
Dirás, talvez seja poetiza, direi:
- Jesus nos dá as palavras do coração.
O meu canto é de alegria por isso fiz essa canção.
A todos que deixei em vida, meu abraço e meu amparo ,eu os amo e à eles emiti toda essa vibração.
Graças á Deus.
N.G.O. (não divulguei o nome, por falta de autorização dos familiares)
São Paulo, 15 de outubro de 1991.
Psicografada por: Irene Fonseca