(Imagem liderancaeservidora.wordpress.com)
O que compreende a ética mediúnica no contexto atual, em que a mídia funciona numa velocidade espetacular?
O primeiro passo é pensar a questão da mediunidades de forma ampla :
"Mediunidade é a faculdade humana pela qual se estabelecem as relações entre homens e espíritos. É uma faculdade natural, inerente a todo ser humano, por isso, não é privilégio de ninguém. Em diferentes graus e tipos, todos a possuímos. O que ocorre é que, em certos indivíduos mais sensíveis à influência espiritual, a mediunidade se apresenta de forma mais ostensiva, enquanto que, em outros, ela se manifesta em níveis mais sutis". (Revista Cristã do Espiritismo)
Portanto as pessoas denominadas sensitivas ou paranormais, são indivíduos com maior sensibilidade para se comunicar com o Plano extrafísico e que conseguem mediar as informações e transpô-las a Luz naturalmente, o que não o exime de responsabilidade, respeito, é um comprometimento ético.
A ética pode ser assim expressada: "Ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade 2. É uma ciência, pois tem objeto próprio, leis próprias e método próprio. O objeto da Ética é a moral. A moral é um dos aspectos do comportamento humano. A expressão deriva da palavra romana mores, com o sentido de costumes, conjunto de normas adquiridas pelo hábito reiterado de sua prática". (ADOLFO, 1995, p.12)
Portanto, a ética mediúnica consiste em não tomar para o médium aquilo que não é dele, para ser mais explícito, podemos esclarecer com exemplo prático: O médium que participa de trabalhos mediúnicos, não revela ao público o que foi desenvolvido na reunião, guarda para si, sabe que a comunicação dos espíritos realizadas no grupo de trabalho, são extremamente confidenciais, quando são para torná-las públicas, o espírito comunicante o faz em público, ou solicita ao médium para editá-la.
Portanto, a ética mediúnica, é um compromisso que o médium assume de não se apoderar daquilo que não lhe pertence, mas o responsabiliza pela veracidade das mensagens codificadas e pelo zelo dos conteúdos armazenados.
Neste pensamento mais uma vez esclareço que as visões vivenciadas pelo sensitivo, não devem por ética serem expostas ao público, sem a devida permissão dos familiares e outros envolvidos, encarnados ou desencarnados.
O ponto crucial da mediunidade é a humildade, o reconhecimento de que essa faculdade não coloca o sensitivo em nenhum pedestal, mas o convida para se unir aos que têm fé e trabalhar caritativamente, em comunhão com o elo fraternal.
Irene Fonseca
