Feliz em deixar minhas palavras o veredito real da condição em que passei.
Ao reencarnar estive preocupado com o trabalho, não o trabalho espiritual que os queridos irmãos denominam Caritativo, minha preocupação maior era com o dia a dia, a batalha pela sobrevivência e pelo pão nosso de cada dia.
Fazia deste trabalho um ato de fé, pois tinha-o como sagrado.
Abracei minha família sempre com afeto, esperava que fossem felizes. Encontrei uma companheira que se propôs a trabalhar no amparo espiritual, contemplava seu trabalho sem aludir-me a comentários ou julgamentos, pensava que pouco ou nada entendia da questão.
Meus dias em terra foram difíceis, meu trabalho humilde por natureza, trazia poucas recompensas financeiras, não estava preocupado com a riqueza material, queria prosperar pelo bem da família, precisava deixá-los amparados.
Não fui feliz com relação a tal proposta, de súbito tive uma forte dor. Pensei que podia ser algo grave, senti no ar alguma coisa avisar.
Meus dias foram contados, após este incidente, havia contraído câncer.
Sim irmãos, em prantos parti para outra jornada, aprendi a extensão da vida espiritual, sabia o quanto somos eternos, mas precisava viver, precisava subsidiar minha família, abraçá-los moralmente.
Parece que desfaleci e quando recuperei os sentidos, já fazia meses que em tratamento encontrava-me amparado pelo irmão Clemêncio, dum centro de tratamento chamado umbral, que encontra-se numa esfera intermediária e fui informado que a vida continuava e meu tratamento processava-se mesmo quando a consciência estava inerte.
Logo veio em minha mente a lembrança de meus queridos familiares e perguntei o que havia acontecido àquelas criaturas que sempre foram a mais viva expressão de Amor na minha vida.
O senhor Clemêncio estendeu-me um olhar tranqüilizador e solicitou que aguardasse as notícias, pois logo eu poderia compreender a extensão mais espiritual do desencarne.
Passei meses em tratamento, e certo dia recebi a visita espiritual de familiares que haviam regressado ao estágio espiritual há muito tempo.
Fiquei feliz,sentia que a família retorna e todos aqueles que estiveram envolvidos no mais nobre sentimento fraternal, criam um elo que não arrebata jamais.
No centro médico sou assistido por dois irmãos que acompanham minha ficha médica todos os dias, o olhar que eles nos assistem, tem algo magnetizador.
Os irmãos que prestam serviços neste pronto socorro e me acompanham são chamados por: Irmã Maria Paula e irmão Oswaldo Lambergue, outros irmãos também nos assistem, são os auxiliares.
Retornando ao lar dos meus queridos familiares, amparado pelo Senhor Clemêncio e alguns auxiliares, abracei minha querida esposa e meus amados filhos.Esta visita deu-se aproximadamente após um ano do meu desencarne.
De volta ao meu Doce Lar, mansão dos que já ausentaram-se da Terra, fui informado que por Misericórdia Divina, não sofri tempo prolongado abatido pela doença que resultou no meu desencarne.
Informaram-me que minha fé e minha aceitação ao próximo e a falta de julgamentos pelas causas alheias, foram os bálsamos salutares de minha alma.
Ainda não fui informado sobre outras vidas pretéritas, mas tive permissão para deixar meu depoimento de Amor, para que sempre viva na memória de todos aqueles que se conduzem em nome do Senhor, e mostrar que a vida continua.
Um amigo cujo pseudônimo foi-me dado assim nas esferas espirituais:
Ismar. Deus os abençoe.
Com permissão dos familiares pude divulgar o nome em que ele foi batizado em terra: Ismael Santos.
Mensagem psicografada por: Irene Fonseca em 07/011/1991
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